quinta-feira, 31 de maio de 2007

F-X 2

Pegadinha ou não, aumentam os rumores de que o Brasil realmente vai retomar o program F-X. Diferentemente do processo anterior encerrado em 2005, a idéia agora é efetuar a aquisição por compra direta, evitando o festival de lobistas que ocorreu na antiga licitação. Pré-candidatos não faltam, F-16, F-18, Eurofighter, Rafale, Gripen, Su-35 e Mig 35 são considerados como prováveis escolhidos, uns com menos e outros com mais chances na concorrência.
Abaixo, postei comentários sobre os principais concorrentes com base nas pesquisas que efetuei. Leiam e escolham o melhor.

Rafale

Esta é a mais moderna arma de combate aéreo da França no momento, sendo um caça de 4ª geração equipado com um radar de varredura eletrônica e capacidade de operar com data links, ele pode carregar até 8 toneladas de bombas. A experiência da FAB na operação de caças franceses desde a década de 70 colabora com o favoritismo atual do Rafale para ser o novo caça a proteger o nosso espaço aéreo, os franceses sempre cumpriram com pontualidade os contratos de manutenção com o Brasil e o acordo de cooperação tecnológica e militar mantido entre Brasil e França são outros indicadores de um movimento natural para a aquisição do Rafale. Um destaque interessante é que, segundo a Dassault, fabricante do Rafale, o seu RCS é 20 vezes menor que o do Mirage 2000, o que reduz muito a probabilidade de detecção em radar.

Velocidade Máxima: 1,8 Mach
Carga Max. de armamento: 8 ton.
Raio de Ação: 1000 Km
Alcance máximo do radar: 140 Km

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Su-35

Trata-se de um caça com um potencial imenso de comercialização no mercado internacional, pois agrega modernidade e capacidade de combate com a liberação de armamentos sem restrições aos seus compradores. Um de seus destaques é a capacidade supercruise, que permite voar acima da velocidade do som sem usar os pós combustores, o que reduz o consumo e aumenta a autonomia de vôo. Dotado de um radar com alcance de até 180Km e capacidade de utilização de 10 mísseis ar-ar ou de ataque ao solo, o Su-35 é forte candidato para ser o próximo caça da FAB, perdendo apenas para o Rafale por causa das relações estreitas entre os governos brasileiro e francês. Como ponto negativo, está a falta de tradição brasileira no uso de aeronaves russas, o que levaria a um trabalho de trainamento e adaptação logística muito grande, podendo ser evitando se a opção da FAB for o seu concorrente francês. Trata-se entretanto de uma aeronave muito superior aos Su-30 recentemente adquiridos pela Venezuela.


Velocidade Máxima: 2,35 Mach
Carga Max. de armamento: 8 ton.
Raio de Ação: 1500 Km
Alcance máximo do radar: 180 Km

segunda-feira, 21 de maio de 2007

F-16 C/D

Lançado na década de 70, o F-16 se tornou mundialmente reconhecido como uma arma eficiente, a sua versão mais atual (block 60) dispõe do que há de mais moderno na indústria de armamentos americana. Em face da restrição do governo dos Estados Unidos em exportar algumas de suas armas de ponta, houve alguns casos exitosos de países que passaram a integrar mísseis e dispositivos de outra procedência sem dificuldade de adaptação. Na extinta concorrência do F-X os militares brasileiros demonstraram pouco interesse por esta aeronave devido a não liberação dos códigos fonte e da transferência de tecnologia, fato que se tornou mais relevante que o know how adquirido pelo caça americano em décadas de experiência de combate com superioridade comprovada. Na verdade, a FAB não parece disposta a experimentar o gosto amargo das restrições no pós-venda de armas americanas. Trata-se de um avião com baixíssimo custo de operação e fácil de manter, peças para reposição não deverão faltar, visto que o F-16 é o caça mais vendido dos últimos tempos.


Velocidade Máxima: 2,0 Mach
Carga Max. de armamento: 5,4 ton.
Raio de Ação: 800 Km
Alcance máximo do radar: 120 Km

Gripen

Este é o pioneiro a entrar em serviço entre os caças de 4ª geração. Há aproximadamente uma década em serviço, o seu fabricante marca presença no Brasil para vender o caça gripen pela primeira vez na América Latina. Para isso, até um site todo em português foi criado www.gripen.com.br e divulgado na mídia especializada em defesa. Embora tenha uma boa ficha técnica e excelente compatibilidade com muitos armamentos já utilizados pela nossa força aérea (como o míssil Derby), esta aeronave não obteve um volume muito grande de vendas no mercado internacional, a Suécia adquiriu 204, a África do Sul comprou 28, a Hungria 14 e a República Tcheca 14. Ou seja, aproximadamente 22% dos gripens vendidos foram para fora da Suécia, um número muito baixo considerando que ele foi considerado operacional pela Força Aérea sueca há dez anos. Um empecilho importante para a sua venda ao Brasil é o grande número de componentes norte-americanos empregados porque junto deles vêm uma série de restrições e imposições que o comando da FAB não parece disposto a encarar. Uma característica muito interessante é a dispensa do uso de comunicação por rádio durante a realização de uma missão, sendo tudo efetuado via data link e como os sistemas de comunicação suecos são similares aos usados no Brasil seria possível uma integração com o R-99 A/B da FAB resultando em uma situação muito interessante pelo ponto de vista tático. O baixo custo de manutenção e a capacidade de agregar ainda mais tecnologia nos próximos anos são pontos fortes deste caça, negativamente pesam a baixa autonomia de vôo e a já citada dependência de componentes norte-americanos.


Velocidade Máxima: 1,8 Mach
Carga Max. de armamento: 5,3 ton.
Raio de Ação: 450 Km
Alcance máximo do radar: 100 Km


sexta-feira, 18 de maio de 2007

MIG-35

Sendo um evolução do MIG-29, que corria por fora no programa F-X encerrado em 2005, o MIG-35 traz consideráveis melhorias como a aviônica totalmente digital e um radar com capacidade de até 85 Km no modo ar-superfície e 130 Km no modo ar-ar. Na medida que, a exemplo do Su-35, não há restrição para venda de armas modernas, o MIG-35 pode dispor de todas as armas de ponta do arsenal russo tornando-o um forte candidato. Desfavoravelmente, pesa o fato de que ele ainda não entrou em produção e não tem um valor definido para o custo por hora de vôo e tomando por base o custo de manutenção do MIG-29 ele não será dos mais baixos.


Velocidade Máxima: 2,0 Mach
Carga Max. de armamento: ND
Raio de Ação: ND
Alcance máximo do radar: 130 Km

Eurofighter – Typhoon

O Eurofighter surgiu do interesse europeu em reduzir a dependência externa na aviação de caça tendo um caça próprio para operação. Desenvolvido a partir da década de 80 ele tem todas as características de um caça de 4ª geração, utiliza as tecnologias fly by wire e supercruise, pode levar até 6 mísseis BVR e 2 de curto alcance, os pontos negativos são o radar com impulso Doppler que é inferior aos de varredura eletrônica ou abertura sintética e como o Eurofighter foi desenvolvido para ter a excelência nos combates ar-ar ele fica um pouco a desejar nos ataques ar-solo. Um destaque desta aeronave é o comando de voz para algumas funções que é uma tecnologia por enquanto exclusiva do Eurofighter em relação à concorrência. Mas tanta tecnologia tem um preço, aproximadamente 70 milhões de dólares por unidade.


Velocidade Máxima: 2,0 Mach

Carga Max. de armamento: 8 ton.

Raio de Ação: 1000 Km

Alcance máximo do radar: 80 Km

F-18 E/F Super Hornet

Esta é a mais moderna versão da aeronave utilizada nas forças aeronavais dos EUA. Apesar de ter uma excelente capacidade de ataque, se trata de um caça de 3ª geração com uma manobrabilidade inferior aos caças da 4ª geração. O Super Hornet tem a excelente capacidade de levar consigo 12 mísseis sendo dez de médio alcance, possui um poderoso radar com alcance de 180 Km com varredura ar-ar e ar-solo simultâneas, opera com datalink e sistema REVO. Uma característica comum às armas americanas não está ausente no F-18, não há transferência de tecnologia prevista. Além disso, o também americano F-16 tem um custo de manutenção bem mais acessível. Por ser um caça de uso aeronaval, seria interessante pensar na sua aquisição pela marinha em face da defasagem do A-4.


Velocidade Máxima: 1,8 Mach

Carga Max. de armamento: 8 ton.

Raio de Ação: 750 Km

Alcance máximo do radar: 180 Km